Como se planejar para viajar atrás do seu time

No país do futebol, vários apaixonados pelos seus clubes sonham em acompanhar uma partida do time fora de casa. Eu sou um deles e, neste post, conto para onde minha paixão pelo Galo já me levou. 

* Por Rafael Orsini

Antes mesmo de nascer, muitos brasileiros já sabem duas coisas: chutar uma bola e a amar o seu time, mesmo que ele ainda não o tenha visto. A paixão vem de berço e é alimentada durante as partidas nos estádios espalhados pelo país.

Como bom fanático que sou, não me contive aos jogos que aconteciam em Belo Horizonte e já fui atrás do meu time em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. A palavra-chave para que tudo aconteça sem sustos é planejamento. Sem ele, nada aconteceria.

Uma coisa eu já posso adiantar: mesmo que, em algumas vezes, a derrota tenha acontecido, a experiência de explorar um novo destino valeu cada segundo da viagem. Por isso, resolvi deixar algumas dicas para você seguir o seu clube pelos estádios do país. 

De olho na tabela (e nos jogos também!)

Para começar a explorar outros estádios do Brasil, o primeiro passo é focar na tabela de jogos. No caso de partidas válidas pelo Brasileirão, a CBF costuma soltar o calendário prévio durante os estaduais, o que permite um planejamento com antecedência.

Se você é do tipo de torcedor que prefere jogos mais tranquilos, priorize aqueles onde as torcidas tem proximidade. No meu caso, as torcidas do Vasco e Palmeiras têm torcidas amigas dos atleticanos. Independente de onde seja as partidas, é comum ver adversários dividindo o mesmo espaço em clima de paz. 

A dica é a mesma para viagens internacionais. Para jogos da Libertadores, aproveite o sorteio dos grupos para saber com antecedência os adversários e os países que pode conhecer. Na fase de mata-mata, o tempo de planejamento é mais curto – e os preços mais salgados.

Se programe para ficar mais de um dia no local

Além da emoção de torcer para seu time fora dos domínios, a viagem pode ser uma oportunidade perfeita para você conhecer um novo local. Principalmente se o jogo for em um final de semana. 

O detalhamento da tabela do Brasileirão ocorre durante o ano e também pode sofrer alterações durante o torneio. Esse é mais um motivo que praticamente te obriga a estender um ou dois dias na viagem.

Para partidas nos sábados e domingos, a recomendação – por experiência própria – é chegar na sexta a noite ou no máximo na manhã de sábado. Aproveite para almoçar na região e conhecer um pouco da cultura gastronômica daquele local. 

O dia ideal para a volta, nestes casos, é a segunda de manhã. O motivo é um só: o preço. A não ser que você encontre uma passagem muito barata no fim da noite de domingo. Vai que tem uma oferta imperdível na MaxMilhas? 😉

Faça seu roteiro com antecedência – no caso, antes de chegar

Sabendo que essas viagens duram pouco tempo, a ideia é se planejar antes. Nas vezes que fui atrás do Galo, já saímos de Belo Horizonte com todos os locais mapeados. Nem sempre cumpríamos a risca, mas isso permitia que nosso tempo rendesse mais.

Um bom método para seu roteiro é perguntar para algum amigo que mora no destino ou para as pessoas que você conhecerá por lá. Ninguém melhor para dar dica do que um morador, não é mesmo? 

Escolha bem o local da sua hospedagem

O objetivo, mesmo que por algumas horas, é ver o seu time, certo? Logo, priorize hospedagens próximas dos estádios ou que tenham caminhos fáceis de percorrer. Coloque na balança se é melhor ficar mais perto daquela praia ou se é melhor ir caminhando até o campo.

Nas vezes que fui ao Rio de Janeiro, por exemplo, fiquei em dois locais distintos: Copacabana e Ipanema. Nenhum deles era próximo do Maracanã, mas as vias eram de fácil acesso. Principalmente na vez em que ficamos em Ipanema, a preferência era estar próximo da praia, o que valeu bastante a pena. Como o jogo foi no sábado a tarde, conseguimos almoçar com os pés na areia, vimos o Galo vencer a partida e ainda tivemos o domingo para curtir o Rio. 

Caso queira economizar e interagir com mais pessoas, você pode escolher ficar em hostels. Essa foi a minha escolha em todas as viagens e ganhamos várias dicas dos residentes que trabalhavam nos locais. Em Porto Alegre, o recepcionista nos indicou uma churrascaria ótima e ainda nos mostrou qual ônibus deveríamos pegar para ir à Arena do Grêmio.

Na derrota ou na vitória, aproveite a viagem!

Como disse, as minhas viagens atrás do Atlético nem sempre tiveram resultados favoráveis. Mas o importante é que, mesmo com derrotas, eu consegui aproveitar cada segundo. Visitei praias e baladas cariocas, conheci pontos de Porto Alegre e Curitiba e dei uma passada na Rua Augusta em São Paulo. 

Além dessas experiências, a bagagem voltou recheada de histórias que dividi com atleticanos que, assim como eu, seguiram o time e também de torcedores que vivem com uma paixão a distância. 

Desde que comecei com essas viagens, a história se repete: é só a tabela sair que tudo começa. E tudo fica bem mais fácil com um planejamento antecipado e com passagens baratas de quem acredita que todo mundo merece viajar, inclusive atrás do seu time.

* Rafael Orsini é jornalista, especialista de viagem da MaxMilhas e um apaixonado por futebol. Ainda mais pelo Galo. 

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