O que vai mudar com a privatização de alguns aeroportos brasileiros?

A privatização consiste no processo de venda de uma empresa, um sistema de serviços de grande interesse público ou um determinado estabelecimento do setor público para a esfera da iniciativa privada, geralmente por meio de licitações de ampla concorrência e publicidade. Assim, o Estado pode continuar como sócio minoritário da entidade privatizada ou dela se desfazer inteiramente, desde que aqueles serviços de alto interesse público possam ser tocados de forma adequada pelo setor privado.

O Brasil já fez privatizações em diversas áreas, desde estradas até reservas de petróleo, originando receitas para o governo. Entretanto, um novo setor vem causando inquietações ultimamente, que é o de serviços aeroportuários. Veja o que vai mudar com a privatização dos aeroportos no Brasil.

As melhorias na infraestrutura

Os aeroportos constituem serviços de enorme importância não só comercial, mas estratégica para a economia de um país e até mesmo da região no entorno onde está instalado. E para que seja bem feito, deve ter não somente pistas modernas e bem sinalizadas ou esteiras mais adequadamente monitoradas para as bagagens, mas também oferecer conforto para os passageiros em suas instalações, com salas climatizadas e lojas de conveniências que supram as demandas de quem estiver no local.

A principal questão a ser aperfeiçoada nos aeroportos brasileiros é a circulação de aeronaves e de passageiros. Com isso, há redução considerável de filas no check-in para embarque, redução de tempo para a recuperação das bagagens trasladadas e facilidade na área externa de estacionamento. A partir de 2016 está previsto o consentimento para o aumento de pousos e decolagens por hora, o que vai incrementar o número de voos e a venda de passagens aéreas, turbinando o modal de transporte aéreo.

Os investimentos no setor

Um dos pontos altos da privatização é a quantidade de melhorias em tal aspecto. Para se ter uma ideia, desde 2012, os aeroportos de Guarulhos (na Grande São Paulo), Viracopos (em Campinas/SP) e Juscelino Kubitschek (em Brasília) passaram à gestão de consórcios, respectivamente por 20, 25 e 30 anos, o que garantiu o investimento de centenas de milhões de reais em cada um antes da Copa, acontecida no presente ano de 2014, além da construção de novos terminais e a feitura de novas licitações para lojistas.

O controle aéreo

Mesmo com tantas mudanças positivas nos aeroportos privatizados, é necessário se atentar para o fato de que o controle aéreo mais amplo ainda vai continuar nas mãos do Estado, o que pode motivar atrasos em alguns voos naqueles aeroportos que não foram privatizados, visto que o serviço aeroportuário significa uma rede interligada de locais, aeronaves, serviços e equipes.

Como o novo modelo misto ainda está sendo implantado aos poucos, os agentes e passageiros ainda estão se habituando a este cenário, de maneira que existem boas expectativas de que as melhorias e investimentos tragam cada vez mais benefícios para o setor.

Você tem percebido essas mudanças positivas em suas últimas viagens? Ainda tem alguma dúvida sobre a privatização dos aeroportos? Deixe um comentário!

 

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